No dia 27 de agosto a Psicologia estará
completando 55 anos de longas e densas caminhadas e chegamos até aqui com a
bandeira de que “Toda Psicologia nos interessa” (Conselho Federal de Psicologia
– CFP), começo meu texto parafraseando o CFP, pois a Psicologia deve estar onde
existam sujeitos, sejam nos âmbitos: social, jurídico, saúde, organizacional,
educação, clínica, judiciário, trabalho, escolar, hospitalar, etc.
A prática em psicologia nasceu quando Wilhelm
Wundt instalou e pôs em funcionamento em 1879, na Alemanha, na Universidade de
Leipzig, o primeiro laboratório de pesquisas e práticas exclusivamente devotado
à Psicologia.
A regulamentação da profissão foi um marco
muito significativo na História da Psicologia no Brasil. Em meados da década de
40 as primeiras idéias sobre regulamentação e formação começaram a ser expostas
publicamente, percorrendo a década de 50, quando vários anteprojetos,
pareceres, substitutivos e emendas foram discutidas por vários grupos
organizados da sociedade civil, assim como, por diferentes comissões do
Ministério de Educação e Cultura. Continuou na década de 60, quando a Lei 4119
foi aprovada, os primeiros cursos regulares de graduação segundo as propostas
legais foram organizados, os registros de profissionais já formados em cursos
de especialização e/ou já atuando na profissão foram efetuados.
A atuação do profissional em Psicologia está
pautada e regulamentada no Código de Ética, que entrou em vigência em 27 de
agosto de 2005, que só poderá ser
alterado pelo Conselho Federal de Psicologia, por iniciativa
própria ou da categoria, ouvidos os Conselhos Regionais de Psicologia, conforme
cita o paragrafo 25.
Um dos papéis
fundamentais do Psicólogo é promover saúde mental das pessoas e do coletivo as
quais estão inseridas. A profissão já venceu vários obstáculos e ainda faltam
tantos outros a serem vencidos. A atuação tem sido um tanto quanto árdua, pois
a importância desta ciência, desta pratica, ainda não é reconhecida como
deveria pelas esferas públicas e privadas, que não reconhecem que a presença
deste profissional é de suma importância na promoção de saúde mental e
desenvolvimento psíquico do sujeito.
O psicólogo ao
atender o paciente/cliente (estas denominações depende da abordagem ou teoria a
que se baseia o profissional), deverá cumprir com ética, sigilo e, sobretudo
respeito ao seu paciente que vem até ele “falar” de suas dores, angústias,
fragilidades, medos e frustrações. É crime o psicólogo que compartilhar, falar
ou comentar de seus atendimentos a familiares dos pacientes (exceto quando estes
pacientes tratam-se de crianças, adolescentes ou pessoas com transtornos
mentais.) ou amigos, em redes sociais, em locais públicos ou pessoas que não
estejam implicadas profissionalmente no processo do paciente. O Psicólogo só
poderá informar acerca de seus atendimentos por meio de pareceres, laudos ou
relatório destinando a partes interessadas ou por meio judicial. Termino meu
texto reformulando a frase que iniciei este texto – Todo sujeito nos interessa.
Bárbara Andrade
Psicóloga CRP 03 6845
Atua nas áreas:
Social: pessoas com deficiência visual;
Clínica: Atendimentos terapêuticos a
adolescentes, adultos e idosos;
Saúde: Pacientes que serão ou foram submetidos a cirurgia bariátrica;
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